O uso de polímeros na área da saúde se acentuou na crise pandêmica e o motivo é simples: a versatilidade e segurança.
Os polímeros são materiais muito versáteis. Diante de suas propriedades, o uso de polímeros na área da saúde é enorme. Sua utilização ficou ainda mais evidente durante a pandemia da COVID-19, pois integraram ações fundamentais de combate à doença. Dentro deste contexto, explicamos um pouco sobre o impacto dos polímeros na área da saúde e as possibilidades abertas para o setor.
Os polímeros na área da saúde cumprem um papel fundamental para a qualidade de vida de pacientes e da equipe de profissionais – e tamanha importância demanda um controle de qualidade especial. É desejável que os fornecedores dos materiais na área da saúde sejam certificados por agências de renome internacional.
Boa parte das inovações do setor se relaciona a materiais de alta qualidade, como é o caso dos plásticos. Isso vale especialmente para os polímeros, que têm uma ampla gama de aplicações. Cada tipo de polímero se destina a algo específico. Há aplicações que exigem facilidade de conformação e alta resistência, enquanto outras precisam de material transparente.
Para compreender melhor o impacto dos polímeros na área da saúde, pegamos como exemplo a crise pandêmica pela qual passamos.
Harrison Corrêa, Professor da Universidade Federal do Paraná, e Daniela Gallon Corrêa, doutoranda da UFPR, publicaram um estudo na revista Brazilian Journal of Health Review, que faz a reflexão sobre como a crise pandêmica por COVID-19 poderia estimular práticas de economia circular.
Para o professor, a pandemia acelerou as inovações da economia circular do plástico, como ocorreu com o surgimento de métodos alternativos de fabricação de EPIs para atender às demandas imediatas dos profissionais de saúde.
Corrêa pontua que a crise permitiu que “materiais antes destinados à disposição e descarte, muitas vezes de modo inapropriado, possam ser reutilizados. Nesse caso, para construção dos EPIs”. Ele também destaca a prática de reutilização das máscaras, que resultou em discussões sobre readequação dos produtos.
E, neste contexto, Harrison dá grande destaque aos polímeros que revestem as máscaras descartáveis. O uso desses materiais, que dão origem ao acrílico e ao PVC, por exemplo, é um aliado da economia circular. Afinal, o revestimento faz com que o equipamento possa ser limpo e reutilizado, além de torná-lo mais resistente.
Seja em bandejas de esterilização, em ventiladores e respiradores pulmonares, ou em conectores de oxigênio, o uso de polímeros na área da saúde é maciço. Ele se tornou evidente com a pandemia da COVID-19, como destacou o professor Harrison, por compor muitos equipamentos.
A seguir, destacamos os principais polímeros na área da saúde e sua possível utilização.
A polissulfona, um termoplástico de alto desempenho, é o material mais utilizado do segmento médico devido à combinação de resistência química e mecânica. Esse é um polímero conhecido por sua resistência e estabilidade a altas temperaturas.
Suas características mais marcantes são a estabilidade dimensional, a resistência à temperatura, à hidrólise e à esterilização por autoclave, a capacidade de trabalho contínua para temperaturas até 180ºC e o bom isolamento elétrico, além da boa transparência.
As caixas de esterilização no ambiente médico-hospitalar são, basicamente, feitas de polimetilpenteno. Esse polímero possui altíssima transparência, densidade inferior à da água, e resistência à esterilização por autoclave. Ao combinar o fato de ser semi-cristalino, e ao mesmo tempo transparente, reúne duas características peculiares dentre os termoplásticos.
A poliamida transparente é um dos polímeros na área da saúde também utilizada em ambiente médico-hospitalar. O material possui altíssima resistência à stress-cracking. Esse termoplástico amorfo combina propriedades da poliamida 12 semi-cristalina com as de um termoplástico transparente.
Além disso, possui componentes químicos e esforços cíclicos, altíssima transparência, baixa densidade e absorção de umidade, resistência química e resistência à flexão, além de elevada temperatura de deflexão térmica. Por isso, é ideal para moldagem por injeção, o que garante peças de ótimo acabamento, estabilidade dimensional e transparência.
O uso de polímeros na área da saúde se acentuou na crise pandêmica, e o motivo é simples: a versatilidade do material facilitou sua inserção na economia circular do plástico, o que permitiu sua destinação para a fabricação de EPIs fundamentais para a segurança dos profissionais de saúde.
A crise global é, inclusive, uma oportunidade para mudar a visão do plástico na saúde!
Fonte: O Mundo do Plástico
Postado por Zurich Termoplásticos
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